Os japoneses se opõem ao esforço do governo para legalizar a guerra

Em meio à intensificação da tensão no leste da Ásia, o primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou em 15 de maio sua clara intenção de avançar para o exercício do direito à autodefesa coletiva e tornar o Japão um país guerreiro através da mudança de interpretação do artigo 9 da Constituição Japonesa.

Masakazu Yasui, secretário-geral do Conselho do Japão contra as Bombas A e H (Gensuikyo), emitiu uma declaração sobre os comentários de Abe no mesmo dia. Protestando contra essa perigosa tentativa, também realizamos uma campanha de assinaturas em apoio ao “Apelo pela Proibição Total de Armas Nucleares” em 22 de maio em frente à estação Ochanomizu em Tóquio. Os transeuntes em frente à estação mostraram interesse em nossa campanha. Muitas pessoas concordaram em assinar a petição, expressando grande preocupação com o que o governo Abe estava tentando fazer.

Segue a declaração de Gensuikyo:

Declaração:

Impedir as manobras do Gabinete de Abe para permitir o exercício do direito de autodefesa coletiva e tornar o Japão um país guerreiro transformando o artigo 9º da Constituição em letra morta

15 de fevereiro de 2014

YASUI Masakazu, secretário-geral
Conselho do Japão contra as Bombas A e H (Gensuikyo)

O primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou em 15 de maio sua clara intenção de avançar para permitir que o Japão exerça o direito de autodefesa coletiva e se envolva em combates de guerra, alterando a interpretação oficial da Constituição do Japão. Este anúncio foi feito com base no relatório de seu órgão consultivo privado “Painel Consultivo l Reconstrução da Base Jurídica da Segurança”.

Exercer o direito à autodefesa coletiva significa usar a força armada para defender outros países mesmo sem ataques militares ao Japão. Como o próprio Abe admitiu na coletiva de imprensa, é um ato extremamente perigoso, tentar responder pelo uso da força a todos os tipos de casos, incluindo desenvolvimento nuclear/de mísseis na Coréia do Norte, aumento da tensão com a China no Mar da China Meridional e além disso, para a proteção de cidadãos japoneses em lugares tão distantes quanto o Oceano Índico ou a África.

Tais disputas internacionais devem ser resolvidas por meios pacíficos baseados na lei e na razão. O governo japonês deve fazer um esforço total para resolvê-los por meio da diplomacia baseada na Constituição. O princípio da Carta da ONU também exige a solução pacífica de controvérsias.

O primeiro-ministro Abe usou o desenvolvimento nuclear e de mísseis da Coreia do Norte para justificar a mudança interpretativa da Constituição. Mas o mundo agora está se movendo significativamente em direção a uma proibição total de armas nucleares, concentrando-se nas consequências humanitárias de qualquer uso de armas nucleares. O Japão deve desempenhar um papel de promoção dessa tendência global, fazendo esforços para retomar as negociações a seis para alcançar a desnuclearização da Península Coreana.

As manobras do Gabinete Abe para o exercício do direito de autodefesa coletiva e a criação do sistema de combate não só destruirão o pacifismo constitucional, que garantiu a paz e a segurança dos cidadãos japoneses, mas levarão à escalada do ciclo vicioso de tensão no Leste Asiático. Devemos parar esse movimento perigoso em cooperação com todas as pessoas que amam a paz, tanto no Japão quanto no resto do mundo.

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