De Notícias cooperativas Berlim
Na sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Sigmar Gabriel, falou numa entrevista à equipa editorial alemã (RND) sobre uma possível aproximação entre a Europa, a Rússia e a China contra os EUA devido à posição de Washington sobre a questão do Irão.
Gabriel observou que a possível retirada dos Estados Unidos do Tratado Nuclear com o Irão afectaria negativamente a situação no Médio Oriente. Ele também expressou a presunção de que o acordo com o Irão poderia tornar-se um jogo de política interna americana.
“É por isso que é tão crucial que os europeus permaneçam juntos. Mas devemos também dizer aos EUA que o seu comportamento leva a nós, europeus, na questão do Irão, a uma posição comum com a Rússia e a China contra os EUA”, citou o Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão.
Ao abrigo do Plano de Acção Conjunto Global (JCPOA) de 2015, também assinado pela Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e União Europeia, o governo do Irão concordou em restringir o seu programa nuclear em troca do levantamento das sanções internacionais.
Mas nos EUA, os opositores ao acordo aprovaram legislação que exige que o presidente do país certifique a cada 90 dias que o Irão está a cumprir a sua parte do acordo.
O presidente dos EUA, Trump, já havia recertificado o acordo duas vezes. Mas a sua recente medida significa que o Congresso pode agora restaurar as sanções retiradas ao abrigo do acordo de 2015, ou introduzir novas no prazo de 60 dias após a expiração da certificação actual.