AGOSTO 2, 2017, republicado do New York Times.
Para o Editor:
Re “Uma ameaça ao controle de armas nucleares” (editorial, 30 de julho):
Você adverte com razão que os planos americanos de gastar mais de US$ 1 trilhão nos próximos 30 anos atualizando as forças nucleares irão minar o controle de armas e alimentar uma nova corrida armamentista. Mas não basta abandonar esse plano perigoso e caro para aumentar nossa capacidade de destruir o mundo.
A política nuclear dos Estados Unidos é baseada na crença de que as armas nucleares impedem seu próprio uso: que os estados com armas nucleares se absterão de atacar uns aos outros por medo dos contra-ataques que sofreriam. No entanto, sabemos de mais de uma dúzia de casos em que países com armas nucleares iniciaram o processo de lançamento de suas armas nucleares, geralmente na crença equivocada de que seus adversários já o haviam feito – mais de uma dúzia de vezes em que a dissuasão falhou.
E nos dizem que a Coreia do Norte não deve obter uma capacidade nuclear porque não pode ser dissuadida de forma confiável. É hora de abandonar essa política fracassada e buscar a segurança real de um mundo livre de armas nucleares.
IRA HELFAND, LEEDS, MASSA.
O escritor é co-presidente da International Physicians for the Prevention of Nuclear War, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1985.
Para o Editor:
Sua afirmação de que “desde o início da era nuclear, a América tem sido a principal, embora imperfeita, força por trás das restrições que existem”
ignora a triste história da expansão provocativa dos Estados Unidos de seus programas de armas nucleares e sistemas de entrega, bem como sua rejeição de inúmeras ofertas da Rússia, China e até mesmo da Coréia do Norte para reduzir as hostilidades.Comece com a rejeição do presidente Harry S. Truman à proposta de Stalin de 1946 de banir as armas nucleares sob a supervisão das Nações Unidas; à rejeição do presidente Ronald Reagan à oferta de Mikhail S. Gorbachev de negociar a abolição das armas nucleares, condicionada ao Sr.
Reagan está concordando em não buscar superioridade militar no espaço com o programa “Star Wars”, que Reagan recusou.Da mesma forma, considere a oferta de Vladimir V. Putin ao presidente Bill Clinton de reduzir nossos arsenais para 1,500 ou 1,000 cada e convoque os outros estados com armas nucleares para negociar sua abolição, desde que parássemos de desenvolver bases antimísseis na Polônia e na Romênia, que o Sr. Clinton recusou. E o presidente George W. Bush posteriormente abandonou o Tratado de Mísseis Antibalísticos de 1972, negociado com a União Soviética.
Quanto à Coreia do Norte, está claro que sua liderança busca negociações, não guerra. A Coreia do Norte foi o único estado com armas nucleares que votou nas negociações para proibir a bomba em outubro passado nas Nações Unidas.
Além disso, o Senado votou por 98 a 2 para impor novas sanções à Coreia do Norte, Rússia e Irã. Que tipo de contenção é essa?
ALICE SLATER, NOVA YORK
O escritor atua no comitê coordenador da World Beyond War.
Para o Editor:
As propostas do governo Trump e de alguns no Congresso para gastar US$ 1 trilhão em uma nova geração de armas nucleares são extremamente perigosas. A guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser travada. O único arsenal nuclear concebivelmente justificável é aquele que permite um segundo ataque (retaliação) seguro.
Em vez disso, projetistas de armas e planejadores de guerra introduziram armas nucleares cada vez mais “utilizáveis”. O novo míssil de cruzeiro nuclear proposto reduziria os tempos de reação nuclear e arriscaria erros de cálculo em uma crise.
O governo Trump boicotou recentemente as negociações das Nações Unidas para abolir as armas nucleares. O Tratado de Não-Proliferação Nuclear exige que as potências nucleares existentes avancem nessa direção em troca da abstenção dos Estados não nucleares. Gastar um trilhão de dólares em novas armas nucleares só comprará a insegurança global.
DAVID KEPPEL, BLOOMINGTON, IND.
Respostas 2
Sim, a maioria dos países do mundo está bem ciente de quem são os belicistas e os que tentam desesperadamente evitar a guerra. Os EUA e Israel terão que ser impedidos de sua agressão constante e desarmados à força e os responsáveis com penas de prisão muito longas. As Nações Unidas devem ser transferidas para um país verdadeiramente democrático, a Islândia e os EUA e Israel expulsos.
É hora de nós, os Estados Unidos, abandonarmos a proliferação nuclear. A expansão dessas armas só nos deixa mais inseguros. É hora de se comprometer a criar um world beyond war, para que o mundo funcione para todos! Ninguém ficou de fora. Todos incluídos. Não importa o que!